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Médico de família e clínico geral: quais as diferenças?

Apesar de parecerem ser a mesma especialidade, as formações e atuações de cada médico são diferentes.

Amanda Milléo
| Atualizado em
9 min. de leitura
Médico de família e clínico geral: quais as diferenças?

Médico de família e clínico geral: quais as diferenças?

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Se a cardiologia é a especialidade responsável pelo coração e a ortopedia cuida dos ossos do corpo, você sabe qual é a área de atuação da medicina de família e comunidade

A resposta certa é: o cuidado com a saúde de qualquer pessoa, seja quem for e onde estiver, da cabeça aos pés e focando na atenção primária {ou seja, prevenção e promoção de saúde em primeiro lugar}.

“A gente brinca que o médico de família e comunidade é especialista em pessoas e no contexto em que elas vivem, seja quais forem suas idades, sexo ou o tipo de problema de saúde que apresentem”, afirma Daniel Knupp, médico de família e comunidade da Alice

Para ficar mais claro, que tal um exemplo? Imagine uma mulher de 60 anos que desenvolveu uma infecção urinária {o que é bem comum depois da menopausa, sabia?}. Além de fazer o diagnóstico da condição, o médico de família e comunidade vai levar em consideração qual é o contexto em que essa pessoa vive e com quem ela se relaciona para prescrever o tratamento mais adequado a ela. 

“Para essa senhora, que o médico conhece há anos e sabe que ela não gosta de tomar determinados remédios, ele vai optar por uma linha de cuidado que pode funcionar melhor. Ele entende quem é aquela pessoa, quem é a família dela, como ela se relaciona com a própria saúde, com os vizinhos e a comunidade. Juntando tudo isso, ele consegue tratá-la no contexto dela”, explica Knupp, que também é ex-presidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade.

Ao contrário das outras especialidades, o médico de família e comunidade não se restringe a uma faixa etária {como os geriatras e pediatras} ou gênero, mas coordena o cuidado de que a pessoa precisar – em todos os serviços dentro de um sistema de saúde. 

“O médico de família nunca pode dizer que ‘esse seu problema não é comigo’. Todos os problemas que a pessoa trouxer serão responsabilidade dele, e o médico de família bem treinado está apto a tratar e resolver pelo menos 90% das condições de saúde mais frequentes, seja de qual área for”, calcula Knupp. 

E se a pessoa precisar de uma cirurgia? Não é o médico de família que vai operar, mas é ele quem vai conduzir os procedimentos necessários antes e mesmo depois do procedimento, certificando-se de que não houve nenhuma complicação após a operação. “É uma especialidade que complementa as demais e faz essa ponte entre elas”, completa. 

Médico generalista e clínico geral são médicos de família?

A confusão dos termos é comum, mas médico generalista, clínico geral e médico de família e comunidade não são a mesma especialidade. Cada um tem características próprias e formação diferente. Confira as diferenças:

Médico generalista: o que é e o que faz? 

Ao contrário de muitos outros países, no Brasil é possível encontrar médicos atuando sem uma pós-graduação ou especialização para uma área específica. Esse é o médico generalista, que se forma na graduação de medicina, mas não completa a residência médica em nenhuma área. 

O médico generalista recebe o registro no CRM (Conselho Regional de Medicina) e pode atuar em diferentes espaços, como pronto-socorro de hospitais, salas de parto e na atenção primária do SUS.

Médico clínico geral: o que é e o que faz?

É comum confundir o médico generalista – que não passou por uma residência – com o clínico geral, mas são duas áreas diferentes. 

Para se tornar clínico geral, o médico se especializa em um programa de residência em clínica médica (ou medicina interna), com duração de dois anos e com foco em diagnósticos desafiadores. {Cadê os fãs do seriado House?}

Na atuação, o profissional cuida das pessoas tanto em ambulatórios e enfermarias quanto nos hospitais, atendendo aos pacientes internados e em unidades de condições mais graves. Parte dos médicos que atuam nas emergências é formada por clínicos gerais. 

Médico de família e comunidade: o que é e o que faz?

Já o médico de família e comunidade também precisa passar por um programa de residência médica, que tem duração de dois anos. 

De acordo com a definição da Organização Mundial de Associações, Academias e Colégios de Médicos de Família (Wonca, na sigla em inglês), esses profissionais atendem “os problemas relacionados com o processo saúde-enfermidade, de forma integral, contínua e sobre um enfoque de risco, no âmbito individual e familiar”.

“Com uma visão holística, levam em consideração o contexto biológico, psicológico e social, reconhecendo que a enfermidade está fortemente ligada à personalidade e à experiência de vida da pessoa. Entendem a enfermidade como parte do processo vital humano, incluindo as dimensões relacionais, ambientais e espirituais e reconhecendo a singularidade de cada pessoa em cada contexto na qual sua vida transcorra”, detalham. 

A principal atuação desse especialista é na atenção primária, ao lado de outros profissionais, como enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos e nutricionistas. Juntos, formam uma equipe de saúde que atende em hospitais, unidades básicas de saúde, instituições de longa permanência ou mesmo nas residências, em atendimentos domiciliares. Além, é claro, da telemedicina, como é na Alice.

Embora no Brasil, no Canadá e nos Estados Unidos se refiram ao profissional como médico de família, outros países usam outras nomenclaturas. No Reino Unido, por exemplo, o termo mais adequado é “general practitioner”, que na tradução literal para o português é: clínico geral – e como já temos essa especialidade por aqui, o nome precisou se adaptar. 

“Os profissionais já debateram se o melhor termo seria o clínico geral ou o médico de família, mas optou-se por ‘médico de família’, como é feito nos Estados Unidos e Portugal, porque o ‘clínico geral’, aqui no Brasil, trazia a carga da outra especialidade”, lembra Knupp.

Médico de família e a enfermagem: quais as diferenças?

Quem atua na enfermagem também avalia o contexto das pessoas, faz diagnósticos e prescreve exames ou medicamentos, quando necessários. 

O papel dos dois profissionais é muito próximo, segundo Knupp. “Não é à toa que, em geral, nos serviços de atenção primária, há sempre uma dupla de médico de família e enfermeiro. A visão do cuidado é muito complementar”, detalha.

De acordo com o médico, enquanto a enfermagem prioriza o cuidado global do paciente, com foco no contexto de vida daquela pessoa, o médico – além dessas mesmas preocupações – avalia o arsenal de terapias, exames e medicamentos que melhor se encaixam naquele momento. “Mas as atuações se complementam bastante e por isso que formam uma equipe”, completa. 

Medicina de família em outros países: como funciona?

A ideia de ter um médico que priorize o cuidado na atenção primária não é exclusiva do Brasil. Há, atualmente, cerca de 190 países com associações nacionais da especialidade – quase todos do mundo, segundo as contas da ONU (Organização das Nações Unidas), que contabiliza 193 países. 

Na Inglaterra, por exemplo, a tradição dos médicos de família e comunidade é antiga, assim como nos Estados Unidos, no Canadá, na Espanha, em Portugal, na Bélgica e na Holanda. 

“Na década de 1940 e 1950, a medicina de família passa a surgir institucionalmente, mas a especialidade é bem anterior a isso, sob o ponto de vista histórico. Já existia o papel do general practitioner na Inglaterra muito antes do NHS [National Health System, sistema de saúde britânico], que surgiu em 1948”, explica Knupp.

Por aqui, a especialidade se firmou em 1981, com a fundação da Sociedade Brasileira de Medicina Geral Comunitária. Nove anos depois, quando foi criado o SUS (Sistema Único de Saúde), os médicos de família e comunidade passaram a fazer parte do modelo, que priorizava a atenção primária. 

“Se perguntarmos onde a medicina de família é mais forte, cada país é de um jeito e cada sistema de saúde enxerga o papel do médico de uma forma. No Canadá e nos Estados Unidos há uma valorização maior. Na Holanda e em países nórdicos também. O sistema de saúde da Alemanha, por outro lado, não valoriza tanto e, na França, é bem variado”, exemplifica Knupp. 

Como a medicina de família ajuda a Alice a tornar o mundo mais saudável?

Na Alice, a atenção primária é a espinha dorsal do atendimento aos membros – e essa, vale lembrar, é a prioridade dos médicos de família e comunidade também. Logo, não é difícil imaginar que a especialidade tem bastante espaço na gestora de saúde.

“Os médicos de família cuidam de forma integral das pessoas membras, considerando a pessoa como um todo, sabe? Atuam não apenas nos períodos de adoecimento, mas também na prevenção e na promoção da saúde. Aqui na Alice temos a chance de conhecer as histórias de quem cuidamos, e é pela construção desse vínculo que podemos acessar o que realmente importa para o bem-estar de cada um, realizando a arte de cuidar”, exemplifica Daniela Rodrigues da Silva, médica de família e comunidade da Alice. 

Segundo Knupp, além do sistema de saúde centrado nos membros e na atenção primária, outro detalhe chama atenção do cuidado na Alice: “Somos também uma empresa de tecnologia que está na vanguarda do cuidado de saúde e que vai além do que se conhece atualmente em outros países. É uma atenção primária que não tem exemplo no mundo porque é fortemente embasada em tecnologia e com o papel do médico de família inserido”, reforça. 

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