Felicidade no Trabalho
25/04/2022 • 3 min de leitura
Em 1º de janeiro deste ano, a síndrome de burnout entrou para lista de doenças ocupacionais reconhecidas pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Com a mudança, trabalhadores poderão pedir às empresas afastamento caso sejam diagnosticados com a condição.
Mesmo diante da nova regra, o assunto ainda é tabu, e pedir dispensa das funções laborais não é tão simples, já que muitos trabalhadores sentem medo de expor o problema aos chefes.
“O afastamento é obrigação legal da empresa, mas, claro, naturalmente as pessoas têm receio e dizem ‘dou conta’ ou ‘meus colegas vão ser prejudicados’”, ressalta Stephanie Witzel, psicóloga da Alice.
O burnout é desencadeado por estresse crônico no trabalho e provoca sintomas que podem ser físicos ou mentais. A doença pode demorar meses ou anos para se intensificar e, muitas vezes, não é tão fácil reconhecer ou admitir que se está com a síndrome.
Geralmente, o corpo começa a apresentar diversos sinais e os sintomas mais comuns são dor de cabeça, enjoo, queimação no estômago, crises de choro, queda de cabelo, taquicardia e ansiedade excessiva.
A irritabilidade com pessoas ao redor também pode surgir, e dificilmente a pessoa afetada percebe que está doente.
Ir ao trabalho todos os dias também se torna uma tarefa difícil, e simples ações como abrir o notebook ou checar um email podem ocasionar choros, ansiedade e palpitações no peito.
Segundo a OMS, o burnout é caracterizado por:
Mesmo sendo um tema que ainda gera constrangimento no ambiente de trabalho, os sinais de burnout devem ser levados aos superiores dentro da empresa, independentemente da função que a pessoa afetada ocupa.
Existem maneiras para que o funcionário faça isso e possa ter um diálogo saudável com seus superiores. Segundo Stephanie Witzel, o ideal é ter uma conversa franca e expor que está sofrendo com sintomas de ansiedade e reforçar que esses sinais estão prejudicando o seu desempenho.
“Ao falar com o chefe, lembre-se que se trata de um ser humano falando com outro. Ela não será a primeira ou única pessoa a passar por isso. Fale abertamente. O outro não tem como adivinhar o que você sente”, destaca Jainan Barretto, psicóloga da Alice.
Diante da rotina estressante do dia a dia, muitas pessoas acabam negligenciando os sintomas do burnout. Alguns trabalhadores podem sofrer mais com o problema, devido à grande exposição que sofrem, seja por causa de demandas físicas ou mentais.
Geralmente, profissões que precisam lidar com metas e demandas de urgência sofrem mais com a doença, como policiais, jornalistas, médicos, atendentes de telemarketing, professores, enfermeiros e outros.
Quando o médico dá o diagnóstico de burnout, a pessoa precisa ser afastada da rotina e do ambiente de trabalho. É necessário fazer pausas, que serão estipuladas pelo especialista, e realizar mudanças no dia a dia.
O tratamento ocorre de forma multidisciplinar com médicos, como psiquiatra ou médicos da família, e psicoterapia. É ainda recomendado fazer mudanças alimentares, praticar atividade física e realizar tarefas que proporcionem prazer no lado social.
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