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Prevenção, teste e informação: como lidar com o HIV sem tabus

Maior parte das infecções ocorre entre os mais jovens, mas a transmissão pode ser revertida com conversa sobre práticas sexuais e testagem.

Time Alice
| Atualizado em
8 min. de leitura
Prevenção, teste e informação: como lidar com o HIV sem tabus

Prevenção, teste e informação: como lidar com o HIV sem tabus

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Há 40 anos o HIV e a aids são pauta para conversas dentro e fora do consultório. Durante as quatro décadas, o mundo chorou pela partida precoce de pessoas queridas e grandes nomes do entretenimento, sorriu com a evolução da Ciência e manteve a esperança de uma possível cura. 

Mas ainda não aprendemos a lidar com os tabus e os estigmas que andam lado a lado com a vida sexual e com a transmissão do vírus HIV e de outras ISTs (infecções sexualmente transmissíveis). O preconceito e o desconhecimento são uma ponte para o aumento da transmissão em populações mais jovens. 

Atualmente, 920 mil pessoas vivem com o HIV no Brasil. A maioria dos casos de infecção está no grupo de 20 a 34 anos. 

Apesar de a taxa de detecção de aids estar caindo no país, a maior concentração dos casos da doença acontece nas pessoas dos 25 aos 39 anos. 

Além de ser uma idade de vida sexual ativa, esse pode ser o reflexo de parte de uma geração que não viveu o início da epidemia de HIV/aids

Milhares de brasileiros infectados não foram impactados pelas massivas campanhas de prevenção da década de 1990 e podem encarar a aids com menor preocupação ou importância.

Para o médico de família Thiago Campos, da Alice, o rastreio de HIV e outras ISTs é fundamental para toda pessoa que tem vida sexualmente ativa, independentemente da orientação sexual, identidade de gênero ou número de parcerias sexuais. 

A prevenção começa com um papo aberto e transparente sobre vida sexual, na visão de Campos. 

“Saúde sexual é um componente fundamental da saúde; a pessoa deve abordar questões que envolvem a sexualidade na consulta com bastante tranquilidade e sem estigmas. É preciso conhecer as práticas sexuais, que são múltiplas e variadas, de cada pessoa, para que se possa então recomendar métodos de prevenção e orientações de sexo protegido.”

Campos explica que a atenção primária tem um papel fundamental na construção do vínculo com as pessoas e no desenvolvimento de uma saúde sexual potente e sem tabus, ao abordar a sexualidade de uma forma positiva. 

“Os comportamentos sexuais com certa frequência são estigmatizados e atrelados a uma noção de promiscuidade, levando a falsas conclusões, mas a realidade é que com uma conversa franca com um profissional de saúde que sempre te acompanha, uma pessoa com múltiplas parcerias sexuais pode, por exemplo, estar se protegendo muito mais que outra que só tem uma parceria ao ano, mas não pratica sexo protegido ou não discute o tema em uma consulta”, conclui. 

HIV: uma doença sem rosto 

Apesar do volume de informação sobre HIV e aids disponível, o vírus ainda recebe olhares e visões preconceituosas – o que influencia no desfecho da saúde. 

De acordo com a infectologista Larissa Gordilho, da comunidade de saúde da Alice, muitas pessoas acreditam que o “vírus tem cara” e, por isso, evitam a testagem.

“Há quem acredite que só porque se relaciona com pessoas bonitas, em baladas caras, não tem risco de se infectar e nem pensa em fazer teste. Outros, que têm consciência sobre o vírus, têm medo de testar e acabar sendo diagnosticados com HIV, enfrentando o estigma que vem junto com o diagnóstico.”

Entenda a HIV, aids e a importância da testagem 

HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. O vírus é transmitido por: sexo oral, anal ou vaginal sem camisinha; compartilhamento de seringa; uso de instrumentos que furam ou cortam não-esterilizados; transfusão de sangue contaminado; ou pela mãe infectada para seu filho durante a gravidez, no parto e na amamentação.

A infectologista explica como o contato com o vírus pode desencadear a aids (síndrome da imunodeficiência adquirida): 

“Sabemos que o vírus do HIV infecta nosso organismo e destrói algumas das nossas células de defesa. Se ele age sem ser combatido, ou seja, sem tratamento, depois de alguns anos, 8, 10 anos, a nossa defesa fica tão comprometida que o corpo desenvolve a aids.” 

Sendo assim, quando ocorrem a testagem e o diagnóstico precoce, é possível reverter esse avanço do vírus, a destruição de células específicas do organismo e o desenvolvimento da aids por meio de tratamentos. 

Um efeito positivo das décadas de avanço da Ciência é que o tratamento diminui a letalidade e a mortalidade de aids. 

Um outro efeito positivo é que o tratamento diminui a carga viral no organismo, ao ponto de ele ficar indetectável, e, portanto, incapaz de ser transmitido. 

“É fundamental a testagem frequente de toda a população sexualmente ativa, toda mesmo: homem, mulher, casado, solteiro, melhor idade, não importa… O controle da transmissão do HIV está no diagnóstico precoce e tratamento dos pacientes infectados”, ressalta Gordilho. 

Prevenção combinada 

O Brasil é reconhecido mundialmente pelo seu programa de HIV/aids. Além da disponibilidade gratuita da testagem e tratamento via SUS (Sistema Único de Saúde), o país utiliza uma lógica chamada de prevenção combinada – que vai além do uso da camisinha e da testagem. 

Para o médico de família, Thiago Campos, as campanhas muitas vezes são focadas apenas no uso do preservativo, mas é necessário ir além. 

“Quando usada de forma correta, a camisinha é um ótimo método preventivo e garante uma proteção de quase 100%. Contudo, possui suas limitações e justamente por isso é essencial abordar outros métodos de prevenção de forma combinada, dependendo de cada pessoa.”

Ações de prevenção das ISTs, HIV e hepatites virais

1. Usar preservativo masculino e feminino e  gel lubrificante;
2. Fazer as imunizações para hepatites virais e HPV;
3. Conhecer as sorologias das parcerias sexuais;
4. Ter uma testagem regular para o HIV e outras ISTs;
5. Tratar todas as pessoas que vivem com o HIV;
6. Realizar Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e Profilaxia Pós-Exposição (PEP), quando indicadas.

PEP ou Profilaxia Pós-Exposição

Medida de proteção de urgência, porque deve ser iniciada em até 72 horas e é indicada para qualquer pessoa que tenha tido uma exposição com risco de transmissão do HIV, como uma relação sexual sem preservativo ou porque o preservativo rompeu, acidentes ocupacionais com instrumentos perfurocortantes ou ainda em casos de violência sexual.

PrEP ou Profilaxia Pré-Exposição

Uso de medicamentos antirretrovirais de forma contínua, antes da exposição, para diminuir o risco de infecção pelo HIV, conferindo uma proteção de até 99%, se usada da forma correta. O uso é definido de forma compartilhada, com um profissional de saúde, considerando as práticas sexuais da pessoa ou situações como casais em que uma das pessoas tem o vírus do HIV e a outra não.

De acordo com a infectologista Larissa Godilho, a PrEP como modelo de prevenção vem apresentando excelentes resultados. “Para as pessoas que se expõem com frequência, a combinação do uso do preservativo, fundamental para proteger do HIV outras infecções, somada ao uso da PrEP podem diminuir as chances de transmissão”, destaca. 

Fiz o teste e deu positivo. O que devo fazer? 

Seja o teste de farmácia ou laboratorial, é fundamental seguir os protocolos do laboratório para confirmação desse resultado positivo, com uma segunda coleta e, em seguida, avaliação nos serviços de referência do SUS para tratamento de HIV ou consulta com o Time de Saúde. 

“Encarar o diagnóstico e começar o tratamento o quanto antes é o que vai garantir o controle do vírus e proteger o paciente de complicações, como a evolução para um quadro de aids”, explica a infectologista Larissa Gordilho

Ainda que não tenha cura, a infecção pelo HIV pode ser controlada como uma doença crônica como hipertensão ou diabetes. 

Além do tratamento com coquetel de medicamentos antirretrovirais, há outras possibilidades como o tratamento com 1 comprimido por dia e estudos já com 1 injeção a cada 2 meses. 

“Tenho certeza de que vamos avançar muito. Tem muita gente se dedicando a descobrir a cura definitiva do vírus; acredito que ainda vamos evoluir muito nos próximos 10 a 20 anos”, explica a infectologista. 

Fiz o teste e deu negativo. E agora?

Mantenha a testagem contínua. 

O teste pode ser feito ao menos uma vez ao ano, mas a frequência pode ser maior dependendo da sua conversa com o Time de Saúde e as exposições circunstanciais.

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