Uma projeção feita pela Federação Mundial de Obesidade apontou que 30% da população brasileira terá obesidade em 2030. Hoje, esse índice é de 21%.
A previsão é um reflexo de hábitos pouco saudáveis. Segundo a pesquisa Vigitel, do Ministério da Saúde, só 22,5% dos brasileiros seguem a recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde) de comer pelo menos 400 g de frutas e hortaliças todos os dias.
Além disso, 18,2% dos brasileiros consomem cinco ou mais grupos de alimentos ultraprocessados, e 14% ingerem refrigerantes cinco ou mais vezes por semana.
Para completar, tem caído a frequência de consumo regular de feijão no país. A taxa de adultos que dizem comer feijão em ao menos cinco dias por semana caiu de 66,8%, em 2007, para 58,3% em 2020.
Os níveis de prática de atividade física também estão aquém do ideal –48,2% da população não pratica quantidade suficiente para sair do sedentarismo, e 66% passam, no mínimo, três horas do tempo livre diante da televisão, do computador, do tablet ou do celular.
“Esse contexto de atividade física insuficiente e consumo alimentar inadequado, com um amplo acesso a comidas ultraprocessadas, contribui para o aumento da obesidade no Brasil”, aponta a nutricionista Priscila Giacomo Fassini, da Comunidade de Saúde da Alice.
Ela ressalta que a obesidade é fruto da interação entre fatores genéticos, ambientais e comportamentais. Por isso mesmo, a prevenção e o tratamento devem ser multidisciplinares.
Como prevenir a obesidade
O cuidado deve começar cedo. É importante que os hábitos saudáveis estejam presentes na infância para que perdurem na adolescência e na vida adulta.
“É importante limitar o ganho de peso por meio de hábitos alimentares, de estilo de vida saudável e da prática de atividade física. Estudos mostraram que fatores genéticos predispõem os indivíduos à obesidade, mas essa suscetibilidade pode ser atenuada por escolhas de vida mais equilibradas”, diz Priscila Fassini.
Dicas práticas
- Prefira alimentos integrais, frutas, legumes, verduras, gorduras e proteínas de boa qualidade (como azeite e carnes magras)
- Coma de forma mindful, prestando atenção aos alimentos, sem se distrair com telas
- Dê preferência à preparação e ao consumo dos alimentos em casa, para escolher bons ingredientes e evitar porções grandes em restaurantes
- Evite bebidas açucaradas e alcoólicas; prefira água
- Evite adquirir alimentos ultraprocessados, carnes gordurosas e processadas, doces e grãos refinados
- Reconheça sinais de fome e saciedade
- Mantenha-se em movimento e aumente seu nível de atividade física de acordo com o aconselhamento de um(a) preparador(a) físico(a)
- Estabeleça uma meta de cada vez
- Limite o tempo de tela e o tempo em que fica sentado. Faça pequenas pausas ativas ao longo do dia
- Procure ter noites reparadoras de sono e reduzir seu nível de estresse –e não desconte o cansaço e o nervosismo na comida
Como tratar a obesidade
Fuja das dietas radicais que prometem perda de peso rápido. Infelizmente, não há fórmula mágica para tratar a obesidade.
A Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica) recomenda um tratamento que envolva alimentação, atividade física e modificação comportamental.
E, para construir um novo estilo de vida, é essencial aliar individualidade, respeito e humanidade, segundo Priscila Fassini.
“A mudança de estilo de vida é a primeira estratégia a ser incentivada para o tratamento da obesidade, por se tratar de uma abordagem que promove transformações entre o indivíduo e a sua relação com o alimento, além da atividade física e de outros hábitos do estilo de vida. Ela também promove uma melhor manutenção do peso a longo prazo, quando realizada da maneira adequada e com acompanhamento profissional.”
A construção de novos hábitos demanda tempo e dedicação. O desafio é identificar os gatilhos que se tornam barreiras para alcançar objetivos, sejam eles pequenos ou grandes, assim como entender os insights que ajudam a criar estratégias de resiliência para enfrentar essas barreiras.
Leia também: Os 6 estágios de motivação para a mudança de comportamento
Tratamentos medicamentosos devem ser discutidos e prescritos por profissionais da saúde, assim como a cirurgia bariátrica, indicada para casos graves.
Perda de peso saudável
O emagrecimento saudável envolve a perda de 5% a 10% do peso ao longo de seis meses.
Um dos grandes desafios depois é como manter o peso, que envolve seguir as recomendações práticas já listadas acima.
“Uma necessidade ainda não atendida no tratamento da obesidade é evitar a recidiva de peso a longo prazo, visto que, em geral, 80% dos pacientes recuperam o peso perdido após a intervenção dietoterápica. A recuperação do peso é esperada, especialmente quando o tratamento é descontinuado”, afirma Fassini.
Como a obesidade é identificada
O IMC (Índice de Massa Corporal) é o parâmetro adotado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) para classificar o peso das pessoas.
Ele é calculado dividindo o peso pela altura elevada ao quadrado. Basta você multiplicar sua altura por ela mesma e depois dividir seu peso pelo resultado da conta.
Um exemplo: se a pessoa tem 1,70 m e 80 kg, vai multiplicar 1,70 x 1,70 = 2,89. E depois dividir o peso por esse valor: 80 / 2,89 = 27
As classificações de acordo com o IMC são:
Peso considerado normal: IMC entre 18,5 e 24,9
Sobrepeso: IMC entre 25 e 29,9
Obesidade: IMC igual ou maior a 30
Dentro dessa categoria de obesidade, ainda há as seguintes classificações:
Grau 1: pessoas com IMC entre 30 e 34,9
Grau 2: de 35 a 39,9
Grau 3: IMC igual ou acima de 40
Fassini, porém, faz um alerta sobre o uso exclusivo do IMC no diagnóstico. “Esse critério é inadequado para diagnosticar a obesidade com precisão, uma vez que ele não distingue a composição corporal e a distribuição da gordura corporal do indivíduo, que é um determinante do risco metabólico”, afirma.
A alternativa para ter uma avaliação mais assertiva do quadro é utilizar técnicas para a avaliação da composição corporal de acordo com a especificidade de cada indivíduo.
Riscos da obesidade
O IMC elevado é reconhecido como um importante fator de risco para doenças cardiovasculares e renais, diabetes, alguns cânceres e distúrbios musculoesqueléticos, dentre outras, segundo Fassini.
Além disso, estudos já identificaram relação entre o aumento do IMC e alta taxa de mortalidade em pessoas com IMC igual ou superior a 25.
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