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Mulheres praticam menos exercícios físicos. Como mudar isso?

Amanda Milléo
| Atualizado em
8 min. de leitura
Mulheres praticam menos exercícios físicos. Como mudar isso?

Mulheres praticam menos exercícios físicos. Como mudar isso?

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Sem o incentivo, desde a infância, de que os exercícios físicos são uma fonte de prazer e de autocuidado, o hábito não persiste na idade adulta. E é comum que as meninas se transformem em mulheres que não treinam com a mesma frequência que os homens.

Os dados da pesquisa Vigitel de 2021, do Ministério da Saúde, destacam essas diferenças. Enquanto 31,3% das mulheres brasileiras praticam pelo menos 150 minutos de atividade física, de intensidade moderada, por semana, 43,1% dos homens se exercitam com a mesma frequência. 

“A falta de estímulos na infância é um fator que opera na nossa vida atual. As atividades dos homens são mais coletivas, como o futebol com os amigos no fim de semana. A mulher, em geral, vai para a academia sozinha, e o objetivo não é socializar ou espairecer, como os homens fazem, mas cuidar do corpo”, explica Paula Teixeira Fernandes, psicóloga e professora da faculdade de Educação Física da Unicamp. 

Esse cuidado do corpo, segundo Fernandes, nem sempre se baseia no prazer da prática, mas em uma necessidade de ser aceita e de se encaixar no padrão estético cultural. “Muitas vezes, ela não quer entrar nesse padrão. Ela quer viver do jeito que quiser e, como uma forma de quebrar a pressão que é imposta, ela não faz os exercícios. O problema disso é que os benefícios, como redução da ansiedade e depressão, não são aproveitados”, destaca. 

Para as próximas gerações, Fernandes explica que o cenário pode ser melhor. “Hoje vemos nas escolas que não há mais uma separação de ‘meninos jogam futebol’, ‘meninas fazem bambolê’. As atividades são para elas e eles, juntos, e isso é mais vantajoso. Quando o colégio oferece opção para todo mundo, as crianças são estimuladas, de maneira igualitária, a fazerem os exercícios”, afirma. 

Ainda assim, há desafios, de acordo com Maria Cecília Marinho Tenório, presidente da Sociedade Brasileira de Atividade Física e Saúde (SBAFS). “Temos o desafio de diminuir o tempo que as crianças passam sentadas, ou o chamado comportamento sedentário. Isso está cada vez maior”, explica ela, que também é professora do departamento de Educação Física da Universidade Federal Rural de Pernambuco.

Divisão desigual das tarefas domésticas e o impacto nos exercícios 

Além da falta de estímulo na infância, outros fatores culturais tendem a prejudicar a prática dos exercícios pelas mulheres. Entre eles, a divisão desigual das tarefas domésticas, a carga mental extra e as cobranças por cuidados com os filhos. 

De acordo com Fernanda Machado, preparadora física da Alice, uma das dificuldades relatadas pelas mulheres é não terem com quem deixar as crianças durante a prática. “É um dos vieses que fazem com que as mulheres pratiquem menos esportes.” 

Como solução, Machado reforça a importância em olhar para o exercício como um autocuidado e prazer, além de pensar soluções práticas. 

“[Buscar] academia com espaço kids, juntar as amigas e fazer uma vaquinha para pagar uma babá, ou fazer um rodízio de quem cuida das crianças naquele dia, ou algum pai que consiga ficar com todas as crianças. É uma rede de apoio importante, para tirar o peso de que a mulher precisa dar conta sozinha da maternidade”, sugere. 

Pressão estética favorece lesões nas mulheres

Como as mulheres se expõem menos aos esportes e aos exercícios físicos, quando começam a praticar alguma atividade o risco de lesões aumenta. Segundo Renata Antunes, preparadora física da Alice, isso acontece porque falta ao corpo o repertório de movimentos — que, nos homens, é incentivado desde cedo.

“Quando uma pessoa que não está preparada faz um movimento novo, ela se machuca. A percepção de dor também é diferente, por não ter vivido outras experiências, e o tempo de recuperação tende a ser maior”, explica. 

Outro fator complicador é a pressão estética por resultados rápidos, que leva a mulher a aumentar a intensidade da prática, sem uma orientação adequada — gerando mais lesões. “Muito mais do que entender a parte científica, precisamos entender o social e o cultural, quando falamos de gênero e de prática de exercícios”, reforça Antunes. 

Mulheres e a sensação de segurança

Para mulheres, não basta apenas querer e começar um exercício físico. Correr na rua, à noite, por exemplo, gera insegurança. Mesmo dentro das academias ou estúdios, expor o corpo a outras pessoas, sob o julgamento alheio, não é muito convidativo. O que fazer, então? 

“Quando falamos de segurança, são vários empecilhos, mas talvez dê para juntar algumas amigas que façam a prática juntas, aumentando a sensação de proteção”, sugere a preparadora física Fernanda Machado. 

Segundo Antunes, uma solução que parece ter funcionado são os nichos de práticas, como estúdios de pilates ou de exercícios funcionais. Além de terem menos pessoas praticando, as aulas são agendadas e feitas em espaços mais agradáveis. 

“Todo o contexto [das academias tradicionais] é pensado na figura masculina, como a iluminação, a música. Mulheres não encontram um ambiente de prática em que se sintam bem. Tem pessoas que não conseguem pisar na academia por causa do cheiro”, relata Machado.

Nem mesmo as roupas eram pensadas para a prática de exercícios pelas mulheres, destaca Renata Antunes. A preparadora lembra que, agora, as marcas têm produzido itens de vestuário específicos, mas quando ela era criança, com um tamanho de pé maior que a média, nunca achava tênis femininos que coubessem. 

“Nunca usei os tênis rosa com dourado, mas sempre os azulões, porque o calçado ia só até um tamanho. Hoje isso não faz sentido.”

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Ciclo menstrual afeta os exercícios?

Dos aspectos fisiológicos, o ciclo menstrual realmente pode afetar a disposição aos exercícios físicos, de acordo com Machado. Há quem relate uma diminuição na energia antes ou durante o período menstrual. 

“O ciclo pode não ter tanto impacto em uma pessoa que tem o hábito de fazer exercícios desde criança, mas essa não é a maioria. Em geral, quando a mulher começa a ser mais ativa na fase adulta, pode ter essa quebra na energia todo mês, e fica sempre a sensação de que está recomeçando”, explica a preparadora física. 

Como solução, ao invés de deixar o exercício totalmente de lado, Machado sugere um pouco mais de gentileza consigo mesma e uma redução no ritmo. “Se hoje estiver mais cansada, que tal uma aula mais tranquila de dança ou de alongamento? O que é válido é se manter em movimento”, recomenda.

Musculação feminina

Ganhar músculos não é uma questão estética ou apenas masculina. Mulheres podem, e devem, fazer exercícios de força para garantir um melhor condicionamento físico, acelerar o metabolismo, além de fortalecer as articulações, ossos e coração. 

Os exercícios mais conhecidos da categoria, também chamada de treino de resistência, são: 

  • Musculação; 
  • Pilates;
  • Treino funcional;
  • Crossfit;
  • Hidroginástica.

>> Treino para mulheres: ganho de músculos faz muito bem

Benefícios da atividade física

Apesar de serem parecidos, atividade física e exercícios físicos são práticas diferentes. Enquanto a atividade envolve desde tarefas domésticas até o deslocamento para o trabalho, os exercícios são mais estruturados e planejados, com movimentos ritmados e, geralmente, com orientação de um profissional. 

Para simplificar: todo exercício físico é uma atividade física (já que envolve movimentos voluntários do corpo), mas nem toda atividade é um exercício, segundo o Ministério da Saúde.

Importância da atividade física para a saúde

Para as mulheres – e para todas as pessoas –, as atividades e os exercícios físicos geram benefícios importantes para a saúde. Confira a lista da Mayo Clinic, organização não governamental norte-americana focada em pesquisa e ensino da saúde integral. 

  • Controle de doenças e condições de saúde: práticas regulares ajudam a prevenir e a controlar infartos, síndrome metabólica, pressão arterial alterada, diabetes, depressão, ansiedade e mesmo alguns tipos de câncer. 
  • Melhora do humor: as atividades estimulam a produção de neurotransmissores, como a endorfina, que favorecem a sensação de felicidade e relaxamento e diminuem a ansiedade;
  • Aumento da energia: os exercícios facilitam a entrega de oxigênio para os músculos, favorecendo o sistema cardiovascular. Se o coração e os pulmões estão bem, o corpo todo tem mais energia. 
  • Melhora do sono: a prática favorece o relaxamento, desde que não seja feito muito perto da hora de dormir;
  • Melhora da função cognitiva: os exercícios favorecem também o cérebro, como por exemplo as funções de atenção e memória.

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