O termo “plant-based” — traduzindo ao pé da letra, baseado em plantas — está cada vez mais popular. Ele aparece em cardápios de restaurantes e em rótulos de uma variedade de alimentos nos supermercados.
E, ao contrário do que o nome possa sugerir, uma refeição plant-based não é composta apenas por plantas. O foco está na ingestão de alimentos naturais e integrais, incluindo frutas, hortaliças, legumes, feijões, castanhas, sementes, entre outros.
Quem segue a dieta plant-based evita ingerir alimentos industrializados, que normalmente contêm conservantes e outros aditivos.
O que faz parte da Alimentação plant-based?
Cereais integrais
Arroz integral, macarrão integral, quinoa, aveia, milho, centeio, cevada, trigo integral.
Raízes e tubérculos
Batata doce, mandioca, mandioquinha, batata, inhame, cará.
Frutas, verduras e legumes
Leguminosas
Feijão, lentilha, grão de bico, ervilha, soja e amendoim;
Oleaginosas e sementes
Castanhas, nozes, chia, linhaça, gergelim.
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O que NÃO faz parte da Alimentação plant-based?:
Produtos industrializados. Portanto, hambúrgueres, salsichas, almôndegas, quibes e nuggets industrializados e plant-based não costumam entrar com frequência no cardápio dos seguidores da Whole Food Plant-Based Diet (WFBD), que, em uma tradução livre, significa Dieta Integral Baseada em Plantas.
Dieta plant-based e veganismo são a mesma coisa?
Em geral, a alimentação plant-based é bastante parecida com o veganismo. Ambas são compostas predominantemente por cereais, raízes, tubérculos, frutas, verduras, legumes, leguminosas, oleaginosas e sementes.
A principal diferença está no processamento dos alimentos. Enquanto os adeptos do estilo plant-based buscam alimentos na forma mais natural possível e evitam os produtos industrializados, os veganos não têm necessariamente essa preocupação.
As carnes vegetais rotuladas como plant-based já citadas são um exemplo. Consumidas pelos veganos, elas não figuram entre as principais escolhas de quem segue a proposta WFDB de evitar alimentos industrializados.
Por outro lado, os seguidores da dieta plant-based evitam a carne, mas podem consumi-la em pequenas quantidades. A preferência é dada à carne produzida de forma orgânica, sem hormônios, antibióticos ou quimioterápicos. Já os veganos não consomem nada de origem animal.
“Vale esclarecer que o padrão alimentar plant-based reforça o uso de alimentos vegetais íntegros com baixo ou nenhum consumo de alimentos de origem animal. A carne orgânica ou não orgânica pode, sim, fazer parte dessa alimentação, mas o ponto principal será a sua frequência de consumo”, explica a nutricionista Jacqueline Wahrhaftig, da Alice.
Benefícios da alimentação plant-based
A grande vantagem de incluir somente comidas frescas e integrais nas refeições é obter uma alimentação rica em fibras, vitaminas, antioxidantes ou com ação anti-inflamatória.
Estudos indicam ainda menor risco de desenvolver doenças do coração, diabetes e alguns tipos de câncer.
“Esse padrão alimentar já se mostrou muito benéfico para a saúde e a prevenção de doenças. Conforme o nosso Guia Alimentar para População Brasileira, uma alimentação baseada em alimentos in natura e minimamente processados é recomendada em todos os níveis”, avalia a nutricionista Jacqueline Wahrhaftig.
A profissional enfatiza que, assim como qualquer outro padrão alimentar, é necessário prestar atenção na variedade e na combinação dos grupos alimentares para que se garanta o aporte de todos os nutrientes necessários.
>> Saiba como montar um plano alimentar para as suas refeições.
Dicas para uma alimentação plant-based
Para quem deseja seguir a alimentação plant-based ou, pelo menos, aumentar a quantidade de alimentos naturais e integrais nas refeições, a Escola de Medicina da Universidade de Harvard dá algumas dicas:
- Encha metade do prato com vegetais no almoço e no jantar. Certifique-se de incluir muitas cores na refeição.
- Desfrute de vegetais e leguminosas durante os lanches na forma de homus (pasta de grão de bico), molhos ou guacamole.
- Mude a maneira como você pensa sobre a carne. Sirva-se de quantidades menores, como se a carne fosse um complemento e não o prato principal.
- Escolha gorduras boas. Azeite, azeitonas, nozes, sementes e abacates são escolhas saudáveis.
- Cozinhe uma refeição vegetariana pelo menos uma noite por semana. Construa essas refeições em torno de feijões, grãos integrais e legumes.
- Inclua grãos integrais no café da manhã. Comece com aveia, quinoa, trigo sarraceno ou cevada. Em seguida, adicione nozes ou sementes, além de frutas frescas.
- Aposte nos verdes. Experimente uma variedade de folhas verdes, como couve, acelga, espinafre e outras verduras todos os dias. Cozinhe no vapor, grelhe ou refogue para preservar o sabor e os nutrientes.
- Construa refeições em torno de uma salada. Encha uma tigela com folhas verdes e adicione uma variedade de outros alimentos naturais, como ervas frescas, feijões, ervilhas ou tofu.
- Coma frutas de sobremesa. Frutas cítricas como kiwi, laranja e morango podem ajudar a satisfazer o desejo por algo doce após a refeição! E ainda contribuem com a absorção de ferro pelo organismo.
Também é possível fazer receitas incríveis utilizando apenas alimentos naturais. No e-book Alice na Cozinha, edição Veggie, você encontra várias ideias de pratos feitos com produtos in natura.
“Minha principal dica é caprichar nas combinações de texturas e abusar dos temperos naturais (alho, cebola, tomilho, alecrim, sálvia, manjericão, cominho, páprica, páprica defumada, orégano). A páprica defumada, por exemplo, é uma excelente opção para trazer um sabor que lembra a carne para quem busca também memórias afetivas”, ensina Jacqueline Wahrhaftig.
A nutricionista cita a receita de lentilha à bolonhesa, prato em que se usa o grão in natura em vez de carne moída vegetal industrializada ou da proteína texturizada de soja. O molho de tomate que acompanha a lentilha ganha um sabor especial com a adição de louro, manjericão, pimenta-do-reino, cominho e páprica defumada.
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