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Introdução alimentar BLW: quais as vantagens e os riscos?

Patrícia Resende
| Atualizado em
6 min. de leitura
Introdução alimentar BLW: quais as vantagens e os riscos?

Introdução alimentar BLW: quais as vantagens e os riscos?

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Para alimentar o bebê, depois do leite (materno ou fórmula infantil) e depois, aos seis meses, vêm as papinhas, certo? Nem sempre!

O método tradicional de amassar legumes e frutas, deixando os alimentos na forma sólida de fora da introdução alimentar da criança, vem abrindo espaço para outras abordagens, como a técnica conhecida como BLW. 

Método BLW: o que é?

A sigla BLW se refere à expressão ‘’baby led-weaning’’, que traduzida significa ‘’desmame guiado pelo bebê’. 

O método foi idealizado pela enfermeira britânica Gill Rapley em 2008 e permite que o bebê conduza o processo de introdução alimentar. 

O BLW é centrado na autonomia da criança e na capacidade inata de autoalimentação. Os alimentos são oferecidos em consistência e tamanho que permitam ao pequeno comer com as próprias mãos. 

Num constante processo de experimentação, busca-se explorar diferentes texturas, cores, sabores e cheiros para aguçar todos os sentidos. Gradualmente e de forma instintiva, o bebê estabelece quando, quanto e em que ritmo comer.

“O bebê precisa estar apto para iniciar o BLW. Para isso, é necessário atingir os seis meses, apresentar desenvolvimento e crescimento adequado, além de sinais de prontidão para o início da alimentação complementar”, afirma a nutricionista materno-infantil Sara Vaz, da comunidade de saúde da Alice

Por esse método, mães, pais e cuidadores devem deixar as colheres de lado e sair do papel de ‘alimentadores’ para assumir a função de ‘mediadores’. 

“O papel de mediador exige atenção aos sinais do bebê e à oferta de alimentos saudáveis, variados e seguros, além de um ambiente adequado para este momento, que deve ser de prazer e descoberta”, destaca a nutri.

Como iniciar a introdução alimentar pelo BLW

Para que o método BLW possa ser aplicado, é necessário que a criança já seja capaz de ficar sentada no cadeirão, com as costas e a cabeça bem sustentadas. Assim, poderá tocar os alimentos, agarrá-los e levá-los à boca. 

A proposta é que o bebê fique posicionado junto à mesa onde será feita a refeição em família. Os alimentos que podem ser oferecidos, incluem:

  • Vegetais cozidos, como brócolis, cenoura, abóbora, abobrinha, chuchu, beterraba, couve-flor, entre outros;
  • Frutas cortadas em tiras, como manga, melão, ameixa e pêra, entre outras;
  • Tubérculos cozidos, como inhame, batata, batata doce, cará ou aipim;
  • Cereais cozidos, como macarrão ou arroz;
  • Proteínas, como peito de frango em tiras grandes, peixe sem espinhas ou ovo cozido cortado ao meio.

A consistência não pode ser nem muito dura nem muito mole. A nutricionista Sara Vaz lembra que o tamanho seguro para os cortes é outro ponto de atenção. 

“Os pedaços devem ser suficientemente grandes para que o bebê segure com a mão e consiga levar à boca. Uma dica para isso é se guiar pelo tamanho do dedo indicador do cuidador”, ensina.

A profissional enfatiza que os engasgos estão mais relacionados a pedaços pequenos e líquidos ralos. “Pedaços grandes costumam ser facilmente colocados para fora com a tosse ou reflexo de GAG pela criança, que não é engasgo e sim um reflexo de proteção”.

Uma preocupação frequente relacionada ao método é a ingestão insuficiente de ferro, pelo fato dos alimentos ricos nesse mineral serem teoricamente menos ingeridos (carnes, feijões e folhas verdes escuras, por exemplo). 

“Apesar dos estudos serem inconclusivos quanto a essa afirmação, algumas adaptações costumam ser feitas para facilitar. São conhecidas como método BLISS (Baby-Led Introduction to Solids) e incluem bolinhos de feijão e omelete com folhosos, por exemplo”, destaca a nutricionista.

Benefícios da introdução alimentar BLW

Quando bem assimilada pela criança, a introdução BLW pode oferecer benefícios como:

  • compartilhamento de refeições em família, sem necessidade de uma alimentação totalmente diferenciada para o bebê;
  • maior consumo de frutas, legumes e verduras;
  • estimulação do desenvolvimento oral através da mastigação;
  • maior repertório alimentar.

Acredita-se que quanto maior a exposição a diferentes texturas na introdução alimentar, menor será a seletividade em relação aos alimentos durante a vida. 

Estudos mostraram que crianças que passaram pelo método demonstraram maior capacidade de reconhecer o sentimento de saciedade e menor propensão a escolher doces, o que seriam fatores de redução do risco de obesidade.  

Porém, uma meta-análise sobre o BLW apontou que são necessários mais estudos para comprovar a eficácia do método. 

Leia também: Febre em crianças: quando é hora de se preocupar e o que fazer

Há riscos no método BLW?

Alguns países, como o Reino Unido, recomendam o BLW como método de introdução alimentar desde os seis meses. 

No Brasil, pela necessidade de mais evidências científicas, o Ministério da Saúde segue a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de evolução de texturas, incentivando também que a criança interaja com os alimentos usando as mãos. 

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) enfatiza que não há comprovação científica sobre o BLW, mas que toda forma de a criança se relacionar com a comida é válida, sendo o BLW uma opção.

A SBP frisa que os pais devem supervisionar o bebê na hora da refeição e alerta sobre a importância de observar se a ingestão de nutrientes é suficiente. Também é preciso avaliar se existe impacto sobre o crescimento e o desenvolvimento da criança. 

Para a nutricionista Sara Vaz, o melhor método é aquele que se encaixa na realidade e rotina da família, com a mediação direta dos pais e cuidadores.

“Independentemente da escolha, deve-se promover autonomia e desenvolvimento, visando a construção de uma alimentação segura, respeitosa, prazerosa e feita com muito amor!”, finaliza a nutricionista. 

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