Alimentos
15/06/2022 • 5 min de leitura
HDL e LDL: essas duas siglas que já devem ter aparecido nos seus exames de sangue são usadas para indicar os níveis de colesterol no organismo.
Seria mais fácil se viesse escrito “gordura boa” ou “gordura ruim” no sangue, né? Mas essa é uma forma imprecisa de traduzir o que as letrinhas significam.
Para que você possa entender exatamente como o colesterol afeta a saúde, principalmente o coração, preparamos um tira-dúvidas sobre o tema:
O colesterol é um lipídio (tipo de gordura) usado pelo organismo para produzir membranas celulares e hormônios, como testosterona e estrogênio. Também atua na formação dos ácidos biliares necessários para a absorção de outras gorduras e de vitaminas. Pode ser produzido pelo corpo (principalmente pelo fígado) ou obtido na alimentação e é transportado no sangue por lipoproteínas.
Não, o colesterol contribui para o desenvolvimento do organismo ao longo da vida. O ideal é que não haja nem carência nem excesso.
A sigla vem do inglês (High Density Lipoprotein), ou seja, lipoproteínas de alta densidade. Elas são capazes de remover o colesterol da parede das artérias, levando-o de volta ao fígado. Por isso, a denominação é popularmente conhecida como “colesterol bom”.
Também usadas para se referir ao “colesterol ruim”, as letras LDL correspondem às lipoproteínas de baixa densidade (Low Density Lipoprotein). Elas depositam o excesso de colesterol na parede das artérias, provocando a formação de placas gordurosas que estreitam os vasos e podem impedir a circulação do sangue.
Ao se fixarem nos vasos sanguíneos, as placas gordurosas podem se concentrar nas artérias que nutrem o coração, dificultando a circulação.
Isso pode causar isquemia do músculo cardíaco, ou seja, sofrimento do coração por falta de sangue e de oxigenação adequada.
A isquemia pode provocar dor no peito (angina) e um coágulo na região da placa, que pode ainda bloquear completamente a passagem do sangue e causar um infarto. O colesterol elevado no sangue também pode levar ao AVC (Acidente Vascular Cerebral).
Um dos motivos é o consumo excessivo de gorduras saturadas e trans, presentes em alimentos de origem animal, como carnes, ovos, derivados do leite.
Produtos ultraprocessados, como biscoitos, margarina, salgadinhos de pacote, comidas congeladas, bolos prontos e sorvete, também podem ter esse efeito.
O maior benefício de manter o colesterol em níveis adequados é diminuir o risco de doenças cardíacas.
Altos níveis de LDL no sangue, em si, não causam sintomas. Por isso, muitas pessoas não sabem que podem estar com colesterol ruim elevado –só um exame de sangue pode revelar isso.
Sim. Pessoas com histórico familiar de colesterol alto devem fazer um controle.
Fumo, obesidade, pressão alta, histórico familiar e idade (homens acima de 45 anos e mulheres acima dos 55 anos).
Adotar uma alimentação balanceada, com pouca quantidade dos alimentos já citados, e praticar exercícios físicos regularmente são as principais medidas.
De acordo com a nutricionista Rafaela Schmidt, do Time de Saúde da Alice, deve-se evitar o consumo de gorduras saturadas. “Queijo amarelos, leite e iogurte integral não são aconselhados. Procure as versões desnatadas e com menor teor de gordura. Reduza o consumo de carne vermelha para duas vezes por semana”, afirma a profissional, lembrando que devemos ter cuidado com o excesso de óleo nas preparações.
A atividade física tem mais efeito na elevação do HDL do que a alimentação, mas incluir castanhas, azeite, e salmão na dieta pode ajudar.
Estudos indicam que exercícios de resistência aeróbicos e dinâmicos são eficazes para reduzir a pressão arterial. Além disso, favorecem a elevação do HDL, que faz a remoção de colesterol das artérias.
“A atividade física também entra para nos auxiliar a aumentarmos uma enzima no nosso organismo chamada lipase, que ajuda diminuir o acúmulo de gordura nas vísceras”, explica Rafaela Schmidt.
De acordo com a nutricionista, não existe estudo comprovando a eficácia desse tipo de estratégia na redução do colesterol.
Sim, mas somente com indicação médica. Vale destacar que, mesmo usando medicamentos, serão necessárias mudanças no estilo de vida.
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